O maior medalhista do Brasil presente nos Jogos Paralímpicos de Paris passou noites sem dormir antes da estreia, nesta quinta-feira (29). Conquistar a prata logo no primeiro dia de competições da natação trouxe alívio a Phelipe Rodrigues, que vai se despedir das Paralimpíadas.
Mesmo em sua quinta edição de Jogos, o atleta de 34 anos estava muito nervoso para a estreia. “Claro que a gente que tem mais experiência se blinda para algumas situações, mas da mesma forma, a gente acaba se cobrando mais ainda”, explicou o nadador, que acumula seis pratas e três bronzes paralímpicos.
“Nós, atletas, temos uma prova para quebrar o gelo. Só que a prova de quebrar gelo é a minha principal. Então, não tenho esse luxo para poder entrar no ritmo de competição. Mas isso (a medalha) me dá confiança para as outras provas. Eu tenho certeza de que vou nadar bem”, projetou.
A conquista do pernambucano de Recife foi na prova dos 50m livre S10, para atletas com deficiência física mínima. Ele fechou em 23s54, com uma diferença de 14 décimos em relação a Thomas Gallagher, da Austrália, que ficou com o ouro.
“Foi um tempo um pouco longe do meu melhor da vida. Mas tenho certeza de que foi o melhor que eu tive para hoje, então, é muito significativo para mim porque, afinal de contas, é minha última Paralimpíada. Eu queria fechar com pelo menos uma medalha aqui, vou nadar mais duas provas. Estou quase satisfeito com minha performance aqui”.
Diante de um desempenho forte em Paris, Phelipe foi perguntado se tinha certeza de que vai se aposentar das Paralimpíadas. “Tenho outros planos para a minha vida pessoal e eu quero realmente encerrar bem, com medalha no peito”, reforçou.