Morre aos 63 anos o mestre Marcelino Moreira, faixa preta de 7ª dan e grão-mestre de taekwondo

Marcelino era natural de Betim, na zona metropolitana de Belo Horizonte, onde teve na capoeira seu primeiro contato

Lutas 02 de agosto de 2022 às 15h22
Granger Ferreira / GFEsportes.com.br

Uma quarta-feira (03/08) super decisiva para a Série A2, onde conheceremos os finalistas do segundo turno, a Taça Mineiro radicado em Campos desde os anos 1980, morreu em sua casa,  por volta das 3h da manhã de hoje, o mestre Marcelino Moreira. Tinha 63 anos e lutava há mais de dois anos contra um câncer de próstata. Faixa preta de 7ª dan e grão-mestre de taekwondo, ele foi o introdutor da arte-marcial coreana em Campos, onde formou gerações de atletas no esporte. Formado em Educação Física, foi também poeta, compositor e professor de violão clássico, além de líder do movimento Hare Krishna na cidade. Seu corpo será sendo velado na capela do Cemitério do Caju, onde será sepultado às 16h. Ele deixa a esposa Maria Amália e os filhos Marcelo, Marcelino e Matheus.

Marcelino era natural de Betim, na zona metropolitana de Belo Horizonte, onde teve na capoeira seu primeiro contato com o mundo das lutas. Segundo disse em entrevista ao Folha no Ar, na Folha FM 98,3, seu objetivo quando adolescente era ser um homem forte. No final dos anos 1970, se mudou à cidade do Rio de Janeiro. Lá, chegou a praticar boxe inglês, na academia do lendário treinador Santa Rosa. Mas não quis se profissionalizar, por conta dos danos do esporte em contraste com o pouco retorno financeiro. E acabaria se encontrando quando conheceu no Rio outra lenda, o mestre Woo-Jae Le, ex-militar e ex-monge da Coréia do Sul que introduziu o taekwondo no Brasil.

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Após se destacar como pupilo do mestre Lee, Marcelino foi por ele usado para expandir o taekwondo no estado do Rio. E veio para Campos em 1981, onde abriu a Academia Faixa Preta, nos altos de um sobrado na rua João Pessoa. Na segunda metade da década de 1980, mudaria a academia para espaço mais amplo, nos altos de outro prédio, na rua do Ouvidor. Depois, nos anos 1990, se mudaria para a academia TKD, na rua Saldanha Marinho. Nos anos 2000, Marcelino passaria a dar aulas de taekwondo na academia Estação Saúde.

Mais conhecido no mundo as artes-marciais, Marcelino era também íntimo de outras artes. Compositor e exímio violonista, lecionou violão clássico durante anos no antigo Conservatório de Música de Campos, na rua 13 de Maio. Da composição musical, enveredou também pela poesia literária, onde se destacava pelo lirismo. Do seu contato com a filosofia oriental, através da luta, acabou se convertendo ao Hare Krishna, uma das várias vertentes religiosas do hinduísmo. E foi, também durante muitos anos, um dos líderes do movimento em Campos.

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Desde que a notícia da sua morte na madrugada passou a correr nas redes sociais da cidade, no início da manhã de hoje, centenas de comentários sentidos de ex-alunos e pais de ex-alunos atestaram como esse mineiro que, quando criança, queria ser um homem forte, marcou fortemente sua passagem de 40 anos por Campos. Grande lutador, dono de uma plasticidade invejável de movimentos, lutou até o final contra o câncer. Com a vida calçada em conceitos como dedicação, disciplina, autoconhecimento e respeito ao próximo, foi um mestre de vida muito além das artes-marciais.

Fonte: Folha da Manhã
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