Jogo Seguro da Série B1 tem 14 pontos, para lidar com as questões sobre o novo vírus COVID-19

Recomendações médicas para o retorno ao futebol tiveram a Comissão médica de todos os clubes, em várias reuniões

Futebol 18 de agosto de 2020 às 20h58
Granger Ferreira / GFEsportes.com.br

Como primeia pauta do arbitral virtual realizado com os clubes, na noite desta terça-feira (18/08), o Jogo Seguro da Série B1 da segunda divisão do Rio de Janeiro, entre os tópicos a realização dos testes rápidos, vestiários, imprensa, nutrição, treinos entre outros assuntos.

RECOMENDAÇÕES MÉDICAS PARA RETORNO AO FUTEBOL 
O documento aqui presente, foi criado após reuniões propostas pela FERJ, através da figura de seu presidente, onde foi criada uma Comissão Médica Especial Temporária para lidar com as questões sobre o novo vírus COVID-19 com a função de compilar e editar as sugestões levadas pelos médicos representantes de todos os clubes da SÉRIE A do futebol do Estado do Rio de Janeiro, e posteriormente assessorar as implementações.

Após total anuência dos órgãos governamentais, e do Ministério da Saúde, Secretarias Estaduais de Saúde e Secretarias Municipais de Saúde, as medidas protetivas elaboradas serão implementadas para que o futebol possa voltar as suas atividades, após paralização devido a pandemia do COVID-19, de forma segura a proteger todos os profissionais envolvidos. 

As informações aqui apresentadas, apesar de autorais, tiveram como orientações trabalhos desenvolvidos em outros países, e o manual criado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

PRESIDENTE DA FERJ 
Dr. Rubens Lopes da Costa Filho 

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COMISSÃO MÉDICA ESPECIAL TEMPORÁRIA
MÉDICOS SÉRIE B1

Dr. Alvaro Michele (Sampaio Corrêa FE) 4 reuniões
Dr. André Luiz Oliveira (Maricá FC) 4 reuniões
Dr. Marcelo Siqueira Corrêa (Angra dos Reis) 4 reuniões
Dr. Guilherme Heffer de Souza e Silva (Serrano FC) 4 reuniões
Dr. José Calixto (Artsul FC) 3 reuniões
Dr. Antônio Carlos (Bonsucesso FC e EC Rio São Paulo) 3 reuniões
Dr. Dennis Marques Salles (Serra Macaense FC) 3 reuniões
Dr. Rafael Garcia Panaifo (Duque de Caxias FC) 3 reuniões
Dr. Celso Nahon (Goytacaz FC) 2 reuniões
Dr. Claudio da Silva Pessoa (GPA Audax Rio EC) 2 reuniões
Dr. Carlos André Magalhães Fortes (Olaria AC) 2 reuniões
Dr. Dinister Alves (Gonçalense FC) 1 reunião
Dr. Ricardo Azevedo (São Gonçalo EC) 1 reunião
Dr. Demétrio Crespo (Campos AA) 1 reunião

EDIÇÃO FINAL
Dr. André Luiz Oliveira (Maricá FC)


1 - CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES
As informações aqui presentes têm como objetivo a implementação de medidas de proteção e um protocolo a ser seguido para o retorno às atividades de treinamento dos clubes de Futebol Profissional das Séries B1 e B2 do Rio de Janeiro, colocando em prática rigorosamente todas as ações de segurança e assistência para os atletas, membros das comissões técnicas, funcionários e colaboradores assim como os respectivos familiares e contactantes próximos a cada um destes. 

O documento inicialmente implementado e colocado em prática na Série A e que serve de base para o Jogo Seguro (Fase 1 – Série B) poderá ser submetido a análise, ajustes periódicos e aperfeiçoamentos de acordo com as diretrizes científicas e evidências médicas relacionadas à Covid-19 que  permitam o combate à disseminação da doença, reduzam os riscos de contaminação, melhorem a proteção individual e coletiva e sinalizem medidas intervencionistas imediatas pertinentes. 

O distanciamento social, barreira respiratória e higienização das mãos tem sido consideradas como principais medidas de contenção. 
O controle e monitoramento da equipe de trabalho reverá ser realizado através dos seguintes procedimentos:
1-    informações diárias de dados epidemiológicos registrados em ficha médica (anexo .........)
2-    anamnese e exame físico periódico 
3-    exames complementares, de acordo com a indicação: 
Testes diagnósticos laboratoriais de swab (RT-PCR e sorologia IgM, IgG (somente os registrado na ANVISA).  Os testes rápidos para detecção de antígeno e anticorpos são de grande valia para triagem em larga escala no grupo exposto, com a finalidade de identificação dos casos.

O retorno aos treinamentos no centro de treinamento de cada clube deve ser precedido pela liberação da respectiva autoridade municipal competente. 

Os itens de higiene pessoal e desinfecção dos locais de treinamento devem ser abundantes, tornando investimento prioritário neste protocolo, a citar: álcool líquido a 70%, álcool em gel em dispenser distribuídos nos locais estratégicos, desinfetantes, máscaras cirúrgicas, luvas de procedimento, entre outros que sejam necessários.

A aquisição dos kits de Teste Rápido deve preceder o retorno, uma vez que serão aplicados pela equipe médica conforme orientação a seguir.

Deve-se ter em mente a mudança de filosofia dos treinos, em que deverão ser planejados de forma a isolar ao máximo os integrantes envolvidos, priorizando apenas o pessoal essencial para sua realização. 


2 - REALIZAÇÃO DOS TESTES RÁPIDOS

Serão realizados Testes Rápidos com pesquisa de IgM e IgG em todos os componentes do grupo de trabalho (jogadores, comissão técnica que participará dos treinos e staff envolvido), antes do início dos treinamentos e servirá como panorama inicial da imunidade do grupo e início do planejamento das atividades de treino.

Um segundo teste deverá ser realizado com o objetivo de identificar falsos negativos do primeiro teste e novos infectados no período de 7 dias.

Caso o indivíduo seja IgM e IgG negativo, será monitorado e deverá manter todas as medidas de controle e higiene necessárias.

Indivíduo IgM positivo deve ser imediatamente afastado por 14 dias e realizar o isolamento social, sendo acompanhado à distância pelo Departamento Médico. Todos os novos casos da COVID-19 deverão ser notificados às autoridades de saúde competentes e informadas à FFERJ.

Jogadores que tiverem IgG positivo com IgM negativo são considerados imunizados. Tais jogadores poderão compor um grupo único de trabalho, onde atividades com bola e em grupo serão permitidas entre si.

Os testes devem ser repetidos quando do início das competições, com protocolo a ser desenvolvido.

As orientações descritas visam minimizar o risco dos atletas, comissão técnica, staff e contactantes familiares. Tais orientações visam sugerir aos Clubes de Futebol do Rio de Janeiro a implementação e adequação das medidas necessárias para dificultar a disseminação da doença e permitir a retomada das atividades até então paralisadas. Cabe ressaltar que alterações, ajustes, aperfeiçoamentos e adequações poderão ser feitos a qualquer tempo.

A imagem pode conter: uma ou mais pessoas
3 - LOCAIS DE TREINAMENTO

Os locais de treinamento deverão realizar as medidas e procedimentos estabelecidos nas diretrizes, devendo as dependências ser submetidas   a desinfecção e higienizados periódica.  
Nos locais de treinamento não poderão adentrar ou permanecer pessoas não testadas ou que apresentem manifestações clinicas, epidemiológicas ou laboratoriais de infeccciosidade.

4 - GRUPO DE TRABALHO
Será composta de no máximo 40 pessoas, incluindo atletas, comissão técnica e todo staff envolvido.

 

5 - IMPRENSA
Não haverá contato da imprensa em campo ou qualquer outra localidade com os jogadores e/ou comissão técnica.

Todos os atletas, membros de comissão técnica e  profissionais envolvidos na partida deverão ser conscientizados e treinados quanto aos protocolos e procedimentos sobre as medidas de higiene que fazem parte dos procedimentos de prevenção contra a propagação e disseminação da doença Covid-19.

As áreas dos locais de treinamento, principalmente de uso em comum a todos, deverão ser bem sinalizadas com cartazes, banners, contendo as orientações necessária sobre a forma de contagio e de prevenção para que não ocorra contaminação do Covid-19, obedecendo todas as normas indicadas pelas autoridades de saúde competente. 


6. VESTIÁRIOS
Devem ser evitados no retorno inicial. Deverão ser higienizados antes, depois e quantas vezes forem necessárias em dias de atividades e utilizados para necessidades fisiológicas com controle de entrada.

O ambiente deverá ser arejado e em caso de presença de mais de uma pessoa em seu interior, deverá ser observado distanciamento de no mínimo 2 metros e uso de máscara.


7. ROUPARIA / LAVANDERIA
Os jogadores deverão chegar já vestidos para o treino. É recomendado que os mesmos carreguem seus itens pessoais (roupas de treino, caneleiras, etc) para que sejam lavados em seus domicílios. 

Desta forma minimiza-se o risco dos profissionais envolvidos nas roupas usadas, que guardam potencial risco de infecção. 
Do mesmo modo, a comissão técnica deve seguir as mesmas orientações. Caso seja necessária a rouparia e lavanderia, os funcionários devem utilizar luvas e máscaras. Deve haver dispenser de álcool em gel no local de trabalho. 
As caixas de roupas devem ser desinfetadas após o uso. 

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8. FISIOTERAPIA
Inicialmente priorizar casos de atletas lesionados e pós-operatórios. O atleta apresentar-se-á no setor sem frequentar outras instalações do clube previamente. Evitar ao máximo contato manual com os atletas. 

Os profissionais devem usar máscaras e luvas, mantendo as macas sempre higienizadas antes e depois do tratamento, observando a possibilidade de realização do tratamento em ambiente bem arejado ou área aberta.
O paciente não deve trocar de maca durante seu tratamento. 

O atendimento deverá ser individual com a devida higienização e cuidados pessoais dos profissionais e atletas envolvidos no procedimento.


9. INSTALAÇÕES DE ACADEMIA
Caso seja necessário trabalho de academia, dar preferência para uso de pesos livres e barras em ambiente externo, de uso individual, sendo desinfetados antes e depois do uso. Não utilizar banheiras, sejam conjuntas ou individuais.


10. NUTRIÇÃO
As refeições não serão realizadas no local de treinamento. O atleta terá sua hidratação e suplementação instaladas em espaço individual de treinamento no campo. A hidratação ocorrerá em copos descartáveis e dispensados diretamente em lixeiras. 
Os jogadores deverão realizar sua alimentação em casa, com cardápio orientado para sua necessidade.

Caso faça uso do refeitório, deverá ter controle de acesso, obedecendo distanciamento de 2 metros, higienização das mãos na entrada, cada um servir a própria alimentação, retirada da máscara somente no momento de se alimentar, não permanecer no local após o término da refeição.


11. DEPARTAMENTO MÉDICO
Deverá realizar questionário prévio ao retorno das atividades em todos os integrantes que compõem o treino de maneira remota a fim de identificar possível caso suspeito do Novo Corona Vírus. Este questionário será aplicado diariamente antes da entrada na área de trabalho e avaliada pelo médico. 

Relatório semanal, por parte dos clubes será enviado a Federação para conhecimento do comportamento e situação de cada entidade. Além do questionário, um agente designado pelo departamento médico deverá realizar triagem na entrada do Centro de Treinamentos, munido de termômetro infra-vermelho. 

Caso haja presença de febre ou sintomas respiratórios, o funcionário (atleta, comissão ou staff) deverá ser submetido a avaliação médica, retornando para seu domicilio em isolamento imediatamente. O atleta com exame positivo deve ser monitorado pelo Departamento Médico. 

Um teste positivo deverá ser compulsoriamente notificado às Autoridades. 
O consultório médico deve funcionar com portas e janelas abertas, atendendo um paciente por vez.


12. GRUPOS DE RISCO
A média etária dos atletas de futebol guarda mínimo risco de desenvolvimento das formas graves do COVID-19. 
Atenção deve ser dada aos membros da comissão técnica e do staff envolvido nos treino no sentido de distanciar os que pertencem ao grupo de risco em função de idade e comorbidades. 

Simples medidas como distanciamento, participação por vídeo, ou mesmo troca por funcionários mais jovens de outros departamentos devem ser consideradas.


13. ROTINA DE TREINOS
No momento de retorno aos treinos, será fundamental a adoção de medidas com objetivo de minimizar os riscos dos jogadores e comissão técnica. 

Cada membro da comissão técnica ou jogador deverá ir ao treino sozinho preferencialmente. Caso exista a necessidade de mais de uma pessoa em um veículo, todos deverão usar máscara e o deslocamento deverá ser realizado com os vidros abertos.
Caso o transporte utilizado pelo atleta seja o público, deverá ser observado os horários de menor pico para agendamento das atividades, sendo obrigatório o uso de máscara durante todo o percurso.

Os horário de chegada e treino dos jogadores deverá ser previamente agendado de modo a minimizar o contato entre eles. 
Nesse retorno inicial aos treinos, a comissão técnica poderá trabalhar com um número reduzido de profissionais, poupando aqueles que estiverem no grupo de risco para o Covid 19. 

Comissão e staff deverão usar máscaras durante sua estadia no Centro de Treinamento. As reuniões deverão ser realizadas, preferencialmente, através de videoconferência. Seria importante que o trabalho fosse realizado com pequenos grupos de jogadores, os quais seriam separados para não haver contato ou compartilhamento de materiais. Um dos critérios que poderá ser utilizado para a divisão dos grupos de trabalho seria o resultado dos testes de identificação viral. Cada grupo deverá trabalha em local isolado, com uma distância segura entre os atletas. 

Cada atleta deverá ter seu próprio equipamento de treino, identificado previamente e higienizado após uso.  A roupa de treino assim como a toalha deverá ser levada por cada atleta para lavar em casa e trazida no dia da próxima atividade. Ao final do treino, os jogadores irão diretamente para o domicilio. Não haverá uso de vestiário inicialmente. A hidratação e suplementada nutricional deverá seguir as normas de assepsia e serem colocadas no espaço individual de cada jogador. Os membros da comisso técnica deverão utilizar máscaras e luvas durante as atividades profissionais. 

Lembrar que não deverá haver apertos de mão, abraços e uso de adornos (brincos, pulseiras, cordões e relógios). Os jogadores deverão manter o isolamento social nas suas atividades extra-campo. Os treinos não contarão com a presença da imprensa, de forma a reduzir o número de pessoas circulantes e, portanto, risco de contágio.


14. CONCLUSÃO
As orientações descritas visam minimizar o risco dos atletas, comissão técnica, staff e contactantes familiares. 
Devemos considerar que a faixa etária predominante nas referidas atividades têm baixo risco de desenvolvimento de formas graves da COVID-19. Tais orientações visam sugerir aos Clubes a implementação e adequação das medidas necessárias para dificultar a disseminação da doença e permitir a retomada das atividades até então paralisadas. 

Cabe ressaltar que alterações, ajustes, aperfeiçoamentos e adequações poderão ser feitos à qualquer tempo.

O Departamento Médico de cada clube, além dos procedimentos médicos necessários deverá manter orientação aos membros do grupo de treinamento, através de palestras instrutivas e esclarecedoras, permanentemente.

Fonte: GF ESPORTE
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