Pela terceira vez na história da competição, Lille sediou neste sábado (5) a largada da mais importante prova do ciclismo mundial. A cidade localizada no norte da França também abriu as edições de 1960 e 1994. O belga Jasper Philipsen foi o mais rápido nos 184,9 quilômetros deste primeiro dia.
Na primeira etapa, que foi disputada neste sábado, três subidas no percurso em Lille foram os maiores desafios dos competidores.
O italiano Filippo Ganna foi o primeiro dos 184 ciclistas a abandonar a 112ª edição do Tour de France. O bicampeão mundial de contrarrelógio sofreu um acidente em uma curva a 132 quilômetros do final. O ciclista de 28 anos tentou continuar na prova, mas abandonou logo depois.
O suíço Stefan Bissegger também caiu e deixou a prova deste sábado. Dois especialistas no contrarrelógio deixaram a etapa prematuramente.
O acidente mais impressionante do dia envolveu Benjamin Thomas e Mattéo Vercher, que lideravam a prova a 80 quilômetros do fim.
No final do trajeto de 184,9 quilômetros previstos para este sábado, Jasper Philipsen foi o mais rápido e venceu a sprint deste primeiro dia. Esta foi a décima vitória dele no Tour. O ciclista belga de 27 anos completou o percurso em 3 horas, 53 minutos e 11 segundos e será o primeiro a vestir a camisa amarela, que representa a liderança da competição.
Biniam Girmay e Soren Waerenskjold vieram logo depois do belga.
O melhor francês neste primeiro dia foi Anthony Turgis, que chegou em quarto lugar.
Lille tem cultura ciclista
Diretor do Tour de France, Christian Prudhomme justificou a escolha de Lille para sediar a largada da edição de 2025 da competição. Segundo o diretor, para sediar a largada do Tour, "é preciso que a região ame o ciclismo".
Um dos motivos para Lille ter sido escolhida para a largada deste ano é que o ciclismo é consolidado no norte da França. O historiador Pascal Sergent revela que a cidade criou "uma verdadeira cultura ciclista".
"A inauguração do Velódromo de Roubaix, em junho de 1895, foi um verdadeiro evento, e todos os domingos ele estava lotado porque, na época, as pessoas trabalhavam em fábricas têxteis e não tinham muito tempo livre. E justamente isso que fortaleceu o vínculo entre os moradores da cidade e o ciclismo", explicou o historiador.
Fortes ventos e possibilidade de chuva
A segunda etapa do Tour de France, que será disputada no domingo entre Lauwin-Planque e Boulogne-sur-Mer, terá um desafio ainda maior para os ciclistas, com subidas íngremes e terreno irregular. Além disso, o tempo vai mudar e os competidores poderão enfrentar chuva e fortes ventos.
"Sabemos que é uma região onde venta muito", lembrou Thierry Gouvenou, diretor de prova.
A chegada será Boulogne-sur-Mer. "Ali já teremos uma ideia das forças presentes na competição e dos atletas que competirão pela vitória no Tour de France deste ano", revelou Gouvenou.