Guia do ciclismo na Paralimpíada: agenda, chances e história

Confira agenda e as chances do Brasil na canoagem dos Jogos Paralímpicos de Paris-2024, além da história da modalidade no evento

Ciclismo 25 de agosto de 2024 às 20h02
Granger Ferreira / GFEsportes.com.br

CICLISMO PISTA
Data    Evento    Tempo/Resultado
29 de agosto de 2024     Perseguição 3000 m C1-C3 feminino – Qualificação - Sabrina Custódia da Silva    07:55
29 de agosto de 2024    Perseguição 3000 m C1-C3 feminino – Disputa do bronze -    11:24
29 de agosto de 2024    Perseguição 3000 m C1-C3 feminino – Final -    11:41

CICLISMO ESTRADA
Data    Evento    Tempo/Resultado
4 de setembro de 2024     Contrarrelógio C1 masculino - Carlos Alberto Soares    03:00
4 de setembro de 2024     Contrarrelógio C1-C3 feminino - Sabrina Custódia da Silva    03:00
4 de setembro de 2024     Contrarrelógio C5 masculino - Lauro Chaman    03:00
4 de setembro de 2024     Contrarrelógio H1-H3 feminino - Mariana Garcia    03:00
4 de setembro de 2024     Contrarrelógio H1-H3 feminino - Jady Malavazzi    03:00
4 de setembro de 2024     Contrarrelógio H4 masculino - Ulisses Freitas    03:00
5 de setembro de 2024     Resistência H1-H4 feminino - Mariana Garcia    04:30
5 de setembro de 2024     Resistência H1-H4 feminino - Jady Malavazzi    04:30
5 de setembro de 2024     Resistência H4 masculino - Ulisses Freitas    04:30
6 de setembro de 2024     Resistência C5 masculino - Lauro Chaman    04:30
7 de setembro de 2024     Resistência C-1 C-3 feminino - Sabrina Custódia da Silva    04:30
7 de setembro de 2024     Resistência C-1 C-3 masculino - Carlos Alberto Soares    04:30

Chances do Brasil
A estreia brasileira na modalidade em Jogos Paralímpicos ocorreu em Barcelona 1992, com a participação de Rivaldo Gonçalves Martins. O atleta foi também o primeiro do país a ser campeão
mundial, em 1994, na Bélgica. Já a primeira medalha paralímpica veio com Lauro Chaman nos Jogos do Rio 2016. Na ocasião, ele conquistou dois pódios, sendo uma prata e um bronze. Até hoje, são as duas únicas medalhas do Brasil na modalidade na história da competição.

Depois de passar em branco em Tóquio-2020, Lauro Chaman quer voltar a subir no pódio em Paris-2024. O atleta continua sendo a maior esperança de medalhas do Brasil no ciclismo paralímpico. Em sua carreira, além das medalhas da Rio-2016, foi duas vezes campeão mundial na prova de resistência (2017 e 2021) e prata em 2022. No contrarrelógio, foi prata nos Mundiais de 2018 e 2023 e bronze em 2019 e 2021.

Uma curiosidade da delegação é que o Brasil terá apenas Sabrina Custódia da Silva nas provas do ciclismo pista. Ela, aliás, é a única brasileira que vai participar das duas modalidades do esporte nos Jogos Paralímpicos de Paris-2024.

Quadro de medalhas do ciclismo nos Jogos Paralímpicos
Clas    Nação    Ouro    Prata    Bronze    Total
1     Grã-Bretanha    51    30    16    97
2     Austrália    41    35    34    110
3     Estados Unidos    26    41    32    99
4     Alemanha    23    28    22    73
5     Holanda    19    16    16    51
6     França    18    11    21    50
7     Itália    17    15    14    46
8     Espanha    13    15    21    49
9     China    13    15    17    45
10     Canadá    9    13    14    36
11     Áustria    8    12    8    28
12     República Tcheca    8    7    10    25
13     Eslováquia    6    5    4    15
14     Irlanda    6    4    4    14
15     Japão    5    7    6    18
16     Polônia    5    7    3    15
17     Suíça    5    6    8    19
18     Bélgica    4    5    9    18
19     Ucrânia    4    2    1    7
20     Bielorrússia    4    1    0    5
21     Coréia do Sul    3    6    5    14
22     Noruega    3    2    5    10
23     África do Sul    3    2    3    8
24     Comitê Paralímpico Russo    3    0    0    3
25     Nova Zelândia    2    3    7    12
26     Romênia    1    3    0    4
27     Dinamarca    1    0    0    1
28     Suécia    0    2    2    4
29     Tchecoslováquia    0    2    0    2
 Finlândia    0    2    0    2
31     Alemanha Ocidental    0    1    2    3
32     Brasil    0    1    1    2
 Portugal    0    1    1    2
34     Israel    0    1    0    1
35     Colômbia    0    0    5    5
36     Argentina    0    0    2    2
 Líbano    0    0    2    2
38     Rússia    0    0    1    1
Totais    301    301    296    898

Como é o ciclismo paralímpico?
O Ciclismo é uma modalidade realizada com a bicicleta e praticada por atletas, de ambos os sexos, com deficiência física e deficiência visual. Paralisados cerebrais, amputados e lesionados medulares (cadeirantes) competem no ciclismo adaptado. Obedecendo às regras da União Internacional de Ciclismo (UCI), a modalidade tem apenas algumas diferenças para adequar-se ao programa
paralímpico. As provas são divididas entre competições de pista (velódromo) e competições de estrada.

Os atletas podem competir em quatro tipos de bike, de acordo com a deficiência: convencional, triciclo, tandem e handbike.

CLASSIFICAÇÃO ESPORTIVA
Os ciclistas são divididos em quatro grandes grupos de classes que são subdivididas pelo grau de severidade da deficiência. As que começam com H (H1, H2, H3 e H4) tem ciclistas que se posicionam
deitados no banco da bicicleta. Na H5, ficam ajoelhados e usam, também, a força do tronco para impulsionar a bike.

Atletas da T1 são mais debilitados que os da T2 e, os dois grupos, andam de triciclo. Nas classes C1 a C5, quanto menor o número, mais debilitado é o atleta. E, por fim, na tandem, exclusiva dos atletas com
deficiência visual, uma dupla pedala.

As classes
H1 a H5 – Atletas que têm comprometimento em membros inferiores e não conseguem pedalar com as pernas. Usam uma bicicleta chamada handbike e “pedalam” com as mãos. Na classe H5, os atletas “pedalam” ajoelhados, sentados ou em pé, sustentados pelo coto no caso dos atletas com amputação bilateral.

T1 e T2 – Atletas com comprometimento locomotor e, devido à falta de equilíbrio, necessitam usar um triciclo para pedalar em segurança

C1 a C5 – Atletas que possuem comprometimento em membros superiores e/ou inferiores, mas conseguem pedalar com as pernas. Usam a bicicleta modelo Speed.

Tandem – Direcionada para atletas com deficiência visual. Para poderem pedalar, os atletas usam a bicicleta de modelo tandem (bicicleta dupla) na qual um atleta com visão, chamado de piloto,
pedala no assento da frente, enquanto o atleta com deficiência visual pedala no assento de trás.

Fonte: Olimpíada Todo Dia
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