Fonte de inspiração, superação e inclusão, o esporte ultrapassa fronteiras e transforma vidas. O Macaé Basquete sobre Rodas, um dos principais expoentes do basquete sobre rodas no Estado, participou, no último fim de semana, do Campeonato Brasileiro da 2ª Divisão do Comitê Brasileiro de Clubes Paralímpicos, e trouxe novidades para casa. A Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Macaé também se destacou nas seletivas para as olimpíadas especiais das APAE’s.
Ingrid Pavão, professora de educação física da APAE Macaé e coordenadora de Educação Física da Região dos Lagos pela Federação das APAE’s, celebra a participação da entidade nas seletivas, etapas Regional e Estadual, e se classificaram para a Nacional, de onde trouxeram medalha de prata na Ginástica Rítmica.
“Na etapa nacional, que foi em Brasília, levamos três modalidades diferentes, com oito atletas no total. No Atletismo temos Peterson Carneiro, Thiago dos Santos e Mariana da Silva. Na Capoeira, Anderson Gonçalves, Michele Gonçalves, Thiago dos Santos e Peterson Carneiro. Na Ginástica Rítmica, Katrine Pacheco, Ana Paula Ribeiro, Michele Gonçalves e Melissa Mali. Destas modalidades, trouxemos medalha de prata na Ginástica Rítmica, com a atleta Ana Paula Ribeiro”, comemora Ingrid.
Basquete sobre Rodas
Já o Basquete sobre Rodas, além de ter conquistado o 6° lugar, em uma disputa que envolveu 12 equipes do Brasil inteiro,na Associação Niteroiense de Deficientes Físicos (ANDEF) o técnico do time, Cláudio Mussi, se destacou com premiação de melhor treinador e Carlos Miguel, de 14 anos, foi escolhido o atleta revelação da competição.
Depois de ficar em 3° lugar no Campeonato Carioca, esse foi o último compromisso do time para esse ano. O Paratleta e responsável pelo projeto, João José Barcelos comemora a conquista da equipe. “O campeonato brasileiro da 2° divisão é a competição que nos qualifica para a elite do basquete da 1° divisão. Das 12 equipes do Brasil inteiro que disputaram o campeonato ficamos em 6° lugar, com jogos muito difíceis, que nos proporcionou a permanência nesta divisão, mostrando a importância do nosso trabalho”, celebra.
Para o próximo ano uma das metas é conseguir a classificação para a primeira divisão. Enquanto isso, o próximo campeonato já tem data marcada: será nos dias 2 a 8 de junho de 2026 no CT paralímpico em São Paulo.
“O esporte é libertador. Depois do processo que cada um passa na recuperação, o esporte é ferramenta que transforma as nossas vidas. Seguimos lutando por visibilidade e por patrocinadores. Hoje, contamos com a bolsa atleta da secretaria de esportes. Temos um jovem de 10 anos que ainda não pode participar, mas que já está sendo preparado. Sabemos que os desafios são enormes, mas também é muito gratificante”, observa João.
Acessibilidade e equidade
Caroline Mizurine, coordenadora geral de Políticas para PCD de Macaé, comemora o resultado e fala sobre a importância do esporte como ferramenta de inclusão e dignidade das pessoas com deficiência. Ela explica que, ressaltar suas conquistas e fomentar oportunidades são prioridades do seu setor.
“Por muito tempo, as pessoas com deficiência foram tratadas sob o viés da assistência, mas não podemos esquecer de destacar a importância do protagonismo como forma de incentivar suas potencialidades. É preciso aquecer os diversos segmentos da sociedade, promovendo a acessibilidade para que haja equidade no esporte, na cultura, no turismo, na qualificação profissional, no ambiente empreendedor e em muitos outros. O projeto
O Projeto Macaé Basquete Sobre Rodas surgiu com a necessidade de criar um esporte para pessoas com deficiência. Ele vem se consolidando ao longo dos anos e hoje é uma grande referência na cidade. O programa Bolsa Atleta também é um incentivo para que eles possam ir cada vez mais longe e conquistar muitos títulos por onde passam.