Insatisfeito com atrasos, goleiro do Corinthians entra com ação trabalhista contra o clube

Representado pelo advogado Fernando Cruz, Tiago, bicampeão mundial com a seleção, tenta se desvincular do Timão alegando não recolhimento de FGTS desde 2019 e premiações não pagas

Esportes de Quadra 05 de agosto de 2020 às 12h22
Jean Moraes / GFEsportes.com.br

Titular no gol da seleção brasileira nas conquistas dos Mundiais de 2008 e 2012, o experiente Tiago entrou com uma ação trabalhista contra o Corinthians na última semana. Ainda vinculado ao clube, o goleiro foi à Justiça pedindo rescisão de contrato por falta de recolhimento de FGTS e atraso no pagamento de premiações, salários e imagem. O Corinthians ainda não manifestou-se sobre o assunto.

No final de junho, o ala Jackson Samurai revelou no Podcast Toca & Sai que estava há três meses sem receber do Timão. Após a notícia, o Alvinegro emitiu comunicado, informando que havia uma pendência apenas "no débito de 50% das férias de abril", que seria quitado na semana seguinte. Já quanto aos direitos de imagem - maior parte dos vencimentos de muitos atletas -, o clube reconheceu os três meses de atraso.

- A ação do Tiago é um pedido de rescisão indireta do contrato de trabalho por falta de recolhimento de FGTS ao longo de todo o contrato e atraso no pagamento de premiações, salários e imagem. E por óbvio, o pedido de pagamento das parcelas que não foram pagas, além da multa por rescisão antecipada do contrato - destacou o advogado Fernando Cruz, que representa Tiago no caso.

Fernando lembrou ainda que o goleiro não concordou com a forma com que foi feito o acordo entre Corinthians e jogadores para reduzir os salários dos mesmos durante a pandemia do novo coronavírus.

- O Tiago não concordou com a forma como foi feito, e por isso não assinou o acordo de redução. Assim, a redução feita para ele não está nos termos da MP - ressaltou Fernando Cruz, revelando que procurou o clube diversas vezes para conversar antes de entrar na Justiça, mas não obteve êxito.

- Conversamos muito antes de entrar com a ação, na tentativa de dar uma solução sem precisar ir para a Justiça. Eles sempre diziam que não era possível resolver naquele momento e nunca passavam uma data que pudesse ser resolvido - concluiu.

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