A última rodada das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2026 promete fortes emoções nesta terça-feira (9).
Cinco partidas encerram o torneio classificatório, que distribui seis vagas diretas e uma para a repescagem internacional. Já classificados, Brasil, Argentina, Uruguai, Colômbia, Paraguai e Equador entram em campo para cumprir tabela, enquanto seleções como Venezuela e Bolívia ainda lutam por posições importantes.
GRANDE DESAFIO
No Monumental de Guayaquil, o Equador recebe a líder Argentina em duelo que coloca frente a frente duas seleções já garantidas no Mundial. A equipe equatoriana soma 26 pontos e ocupa a quarta colocação, consolidando-se como uma das defesas mais sólidas da competição. O técnico Félix Sánchez conta com o retorno de Alan Franco, mas ainda aguarda a definição da situação de Moisés Caicedo.
Enner Valencia é a principal esperança ofensiva dos donos da casa, que buscam encerrar a campanha em alta mesmo com as dificuldades na criação de jogadas. Já a Argentina entra em campo sem Lionel Messi, liberado após sua despedida em casa. Lautaro Martínez assume o protagonismo no ataque, enquanto Leonardo Balerdi substitui o suspenso Cristian Romero na zaga.
Mesmo sem seu craque, a Albiceleste chega embalada pelo desempenho consistente que a manteve líder isolada, com 38 pontos. Scaloni busca fechar a campanha reforçando a solidez coletiva, consciente de que o favoritismo está ao lado de seus comandados.
TERROR DE LA PAZ
O Brasil encara a altitude de El Alto diante da Bolívia em clima de renovação. Carlo Ancelotti deve promover até oito mudanças em relação ao time que bateu o Chile por 3 a 0, rodando o elenco e observando jovens em sua primeira Eliminatória no comando da Seleção.
Apesar das alterações, o retrospecto favorece amplamente os brasileiros, que venceram 24 dos 33 confrontos entre as equipes. O trio ofensivo com Samuel Lino, Luiz Henrique e Richarlison desponta como a grande atração para o duelo, que servirá como laboratório de luxo para o técnico italiano.
Do outro lado, a Bolívia chega com 17 pontos e chances remotas de classificação. Para seguir sonhando, precisa vencer o Brasil e torcer por um tropeço da Venezuela. O fator altitude pode ser um aliado, mas o desafio é enorme contra um rival de maior qualidade técnica.
RECOMEÇOS E TESTES
Em Santiago, o Chile se despede das Eliminatórias sem chances de classificação. A campanha decepcionante encerra um ciclo para a Roja, que já projeta reformulação após somar apenas 16 pontos em 17 partidas. O time tem ausências importantes como Osorio e Kuscevic, mas aposta no apoio do Estádio Nacional para encerrar sua trajetória de forma digna.
O Uruguai, por sua vez, chega classificado e com tranquilidade para rodar o elenco. Marcelo Bielsa deve dar minutos a jogadores reservas após liberar nomes como De Arrascaeta e Varela para retornarem a seus clubes. Suspenso, Olivera também não joga.
Com 30 pontos, a Celeste Olímpica já garantiu vaga direta e pode aproveitar o duelo para consolidar alternativas táticas. A partida, portanto, ganha contornos de amistoso oficial, com os chilenos buscando despedida honrosa e os uruguaios pensando no futuro.
LUA DE MEL PARAGUAIA
No Estádio Nacional de Lima, Peru e Paraguai medem forças em situações distintas. Os peruanos somam apenas 12 pontos e não têm mais chances de classificação, mas querem dar uma última alegria à torcida após campanha decepcionante. O técnico Óscar Ibáñez tenta motivar o grupo para encerrar a competição com dignidade.
O Paraguai, por outro lado, celebra o retorno à Copa do Mundo após 16 anos de ausência. Com 25 pontos, a equipe de Daniel Garnero já está classificada e busca melhorar sua colocação final, podendo alcançar a sexta posição.
O confronto marca o choque entre uma seleção que busca reconstrução e outra que retoma protagonismo no cenário continental, em um duelo que promete intensidade apesar da diferença de objetivos.
SONHO VINHOTINTO
A Venezuela decide em casa sua sobrevivência nas Eliminatórias. Em sétimo lugar com 18 pontos, a Vinotinto depende apenas de si para conquistar a vaga na repescagem. O Estádio Monumental de Maturín será o palco de um confronto direto que pode marcar a história do futebol local.
A Colômbia já está garantida e ocupa a quinta colocação, mas ainda pode alcançar até a terceira posição em caso de vitória e combinação de resultados. Los Cafeteros chegam embalados pela vitória sobre a Bolívia e defendem invencibilidade de dez jogos contra os venezuelanos.
O retrospecto é amplamente favorável à Colômbia, que venceu 21 dos 43 duelos entre as seleções. Porém, a motivação extra da equipe de Néstor Lorenzo pode ser posta à prova diante da necessidade extrema dos comandados de Fernando Batista, que sonham em levar a Venezuela a mais uma repescagem.
PROMESSA DE GRANDES JOGOS
A terça-feira promete agitar o continente, misturando duelos de despedida e partidas decisivas. Enquanto Brasil, Argentina e Uruguai já projetam a Copa do Mundo, seleções como Venezuela e Bolívia ainda brigam por espaço. É o encerramento de uma Eliminatória intensa, que definirá o destino sul-americano no caminho rumo a Estados Unidos, México e Canadá em 2026.