O Flamengo terá pela frente um adversário tradicional e dois de menor peso no Grupo C da Libertadores 2025. O maior desafio é a LDU na altitude de Quito, capital do Equador, mas a viagem para San Cristóbal, na Venezuela, onde enfrentará o Deportivo Táchira, também não é das mais tranquilas. O Central Córdoba, da cidade de Santiago del Estero, na Argentina, é o outro adversário e disputará o torneio pela primeira vez na sua história.

Deportivo Táchira (Venezuela)
O adversário do Flamengo na estreia já disputou 26 vezes a Libertadores, mas nunca foi campeão. Na edição de 1991, o Deportivo Táchira foi eliminado pelo Flamengo nas oitavas de final da competição. O Rubro-Negro venceu os dois jogos - 3 a 2 e 5 a 0. Diferentemente de outros clubes do país, não tem a altitude a seu favor.

Estádio: o Deportivo Táchira joga no Estádio Polideportivo de Pueblo Nuevo, na cidade de San Cristóbal. A capacidade máxima é para 42 mil torcedores. O estádio, que é propriedade do governo, foi remodelado para a Copa América de 2007.

Técnico: Edgar Pérez Greco era jogador do Deportivo Táchira até 2021. O ex-atacante passou a atuar como auxiliar técnico do time em 2022 e assumiu o comando em 2024. Desde então, tem implementado um estilo de jogo baseado na posse de bola ofensiva. Gosta de controlar o jogo e adaptar suas estratégias conforme as necessidades da partida.

Momento: é o atual campeão venezuelano. Neste momento, o Táchira é o vice-líder do Campeonato Venezuelano, com os mesmos 15 pontos do líder La Guaira. São quatro vitórias, três empates e apenas uma derrota nos 10 jogos até aqui.

Craque: o time não tem jogadores conhecidos em seu elenco, e o meia Maurice Cova é um dos destaques do Deportivo Táchira. Ele terminou 2024 com 10 gols e sete assistências. Outros nomes importantes da equipe são o defensor Carlos Vivas e os atacantes Lucas Cano e José Balza. Este último soma três gols em oito partidas nesta temporada.

Central Córdoba (Argentina)
O segundo adversário do Flamengo é o Central Córdoba. Esta é a primeira vez, em 105 anos de história, que o time argentino disputará a Libertadores.

Estádio: a casa do Central Córdoba é o Alfredo Terrera, inaugurado em 1946. Fica localizado em Santiago del Estero, cidade com 230 mil habitantes no norte da Argentina. A capacidade máxima é para 16 mil torcedores, o maior estádio da cidade.

Técnico: Omar de Felippe fez história no Central Córdoba em dezembro de 2024 ao vencer o Vélez Sarsfield na final da Copa Argentina por 1 a 0. O treinador levou o clube de Santiago à Libertadores deste ano e à Supercopa Argentina, onde vai enfrentar novamente o Vélez.

- O treinador é fundamental no jogo do Central Córdoba. Omar de Felippe é um técnico muito experiente. É um técnico simples, que gosta de jogar de forma simples. Não é nada moderno. Joga com um 3-4-3 às vezes - resumiu o jornalista argentino David Paszucki.

- Equipe prática. Ele conhece seu elenco e sabe destacar suas virtudes e esconder bem seus defeitos. No ataque revezam muito bem, com desequilíbrio por fora e peso por dentro (às vezes ataca num 4-2-4). Em casa sempre se impõe. Chega facilmente ao gol e costuma aproveitar as chances. Falta um destaque individual diferenciado, o coletivo é o forte - completou o jornalista Francisco Bono.

Momento: campeão da terceira divisão em 1986 e da segunda em 1998, o Central Córdoba conquistou seu primeiro título a nível nacional em dezembro do ano passado, ao vencer a Copa Argentina. Atualmente, o time ocupa a sexta posição na tabela da primeira divisão argentina, com 17 pontos conquistados em 10 partidas. O desempenho consiste em cinco vitórias, dois empates e três derrotas.

Craque: o Central Córdoba não tem um grande destaque individual, mas os jornalistas argentinos consultados citaram alguns nomes para ficar de olho: o zagueiro Lautaro Rivero, o lateral-direito Iván Pillud e o atacante Franco Alfonso. O meia Iván Gómez, que já passou por Estudiantes e Newell's Old Boys, chegou ao clube neste ano e tem agradado bastante.

LDU (Equador)
O terceiro adversário do Flamengo no Grupo C é a LDU, que já participou de 21 edições da Libertadores e foi campeã em 2008, em cima do Fluminense. O time tem a seu favor a "temida" altitude de 2.850m de Quito.

Estádio: a LDU joga no Estádio Rodrigo Paz Delgado, conhecido como Casa Blanca, que fica localizado em Quito, capital do Equador. Ele tem capacidade para 41 mil pessoas.

Técnico: Pablo Sánchez chegou à LDU em meados de 2024. O ex-meia argentino, conhecido como "Vitamina", levou o time ao título equatoriano, com 12 vitórias, dois empates e apenas três derrotas nos 17 jogos sob seu comando no torneio passado. No domingo, a LDU perdeu por 1 a 0 para o Emelec no que Sánchez definiu como "o pior jogo" desde que ele assumiu a equipe.

Momento: atual campeã equatoriana, a equipe é a quinta colocada do campeonato nacional de 2025, com duas vitórias, dois empates e uma derrota - oito pontos em cinco jogos. Além disso, conquistou a Supercopa Equador nos pênaltis contra o El Nacional no início de fevereiro.

Craque: o goleiro Alexander Domínguez é o principal nome da LDU. Experiente, ele lidera um sistema defensivo que é o ponto forte da equipe. Desde o início do ano, foram dois gols sofridos em seis partidas oficiais. Neste cenário, o zagueiro Ricardo Adé também é um pilar dos bons números defensivos. No ataque, o centroavante Alex Arce terminou 2024 com 35 gols e três assistências em 44 jogos e esteve no radar de clubes brasileiros como Atlético-MG e Corinthians. Neste ano, ele tem um gol em cinco partidas.