Fernandinho, do Atlhetico Paranaense, disse ao final da partida em que seu Furacão perdeu para o Flamengo, 2x0, e foi eliminado da Copa do Brasil que: "A bola teimou em não entrar". Sim, assim é o futebol. Me lembro de 2019, para ser mais recente na memória de vocês, aquele Flamengo campeão de tudo levava sufoco em 80 dos 90 minutos normais do jogo, a bola, teimosamente não entrava no gol de Diego Alves e, anotem, sempre decidia entrar, no gol adversário, nos minutos finais e vinha uma vitória que daria uma sequência maravilhosa de conquistas.
Outros, os tricolores do Rio, lembrarão de 2010, daquele time mediano do Fluminense, que tinha uma "espinha dorsal" espetacular e jogadores não confiáveis, à época, completando os onze titulares. O time encaixou, como é o Botafogo de hoje, a bola entrava e o Fluminense começou a ser chamado "time de Guerreiros" e o título chegou quando não era o favorito absoluto.
A bola é amiga de quem trabalha e a trata muito bem, sem soberba e sem malabarismo, e o futebol é bom por este motivo, que aliás sempre comentei por aqui e nas minhas resenhas no rádio e nos bares, principalmente no nosso Armazém do Lenílson, onde o papo é livre, e na fila do pão, que é dividida pelos torcedores dos quatro grandes do Rio.
Tudo isto para chegar a derrota do Palmeiras, ontem, para o São Paulo? Parece que sim, mas é mesmo, entenderam? Pois é... o elenco do Verdão era excelente, cheio de grandes estrelas e ótimas promessas, mas a gestão palmeirense é particular e o investimento no futebol é da Crefisa, dona do dinheiro e agora do avião tão criticado pela torcida, que pede a cada jogo "tia Leila, venda o avião e traga reforços", e a bola puniu a "soberba" de Abel Ferreira e de alguns jogadores do Palmeiras, e, quem sabe, o resultado de ontem coloque o grupo novamente nos trilhos corretos.
E, fechando o papo, a bola gosta muito de quem a trata com muito carinho, no caso de Dorival Júnior não é diferente. Júnior, meio campo do Palmeiras, nos velhos tempos de academia, não foi um super craque, mas sempre humilde e decente no jogo e na vida e ganhou status no Flamengo, onde foi campeão e depois não teve o contrato renovado, passou por sério problema de saúde e hoje está em plena forma, felizmente, vivendo talvez o seu melhor momento no futebol.
A bola é amiga de quem a trata com carinho, repito e encerro. Ah! Felipão foi grosso jogando e vitorioso como técnico, dirão vocês, e eu respondo: Felipão está vivendo aquele momento ruim do ciclo do futebol. Certo?
PAPO COM DUTRA - Adilson Dutra (adilson.dutra@gmail.com)
Nasceu em Miracema, no Noroeste Fluminense, filho do Zebinho e da Lili, neto do Vicente Dutra e dona Maria, que nos bons tempos da cidade mandavam e desmandava na Praça Ary Parrreiras, onde nasceu, cresceu e morou até se casar, em 75, com Marina, uma maravilhosa paduana de bem com a vida e professora do mais alto nível. Chegou à Campos em 85, já com Ralph, Gisele e Leandro a tira colo, buscou seu espaço e aqui está, aposentado pelo Banerj/Itaú, e pelos anos trabalhados na mídia esportiva. Após passar pelos jornais, emissoras de rádio da cidade, além fazer dos blogs, agora escreve sua coluna aqui no GF ESPORTE. Faço o que gosto e gosto do que faço. "Aqui não brinco, eu falo sério e mostro meu trabalho, mas quero ter sempre a companhia dos amigos da terrinha e todos aqueles que fiz nestes mais de setenta anos bem vividos desta vida.
Ganhador de vários prêmios por sua atuação como repórter e comentarista esportivo, destaca-se o Bola de Ouro, o maior do mundo esportivo no Brasil.