O Vasco viveu uma noite para esquecer no Estádio Alfredo Jaconi. Embalado pela goleada histórica sobre o Santos, o torcedor esperava uma atuação que confirmasse a reação da equipe no Brasileirão. Mas em Caxias do Sul, o Gigante da Colina parou em seus próprios erros e acabou derrotado por 2 a 0 pelo Juventude, desperdiçando a chance de aumentar a distância da zona de rebaixamento.
O roteiro da partida foi cruel desde o início. Logo aos três minutos, Lucas Piton cortou um cruzamento com a mão dentro da área. A bola parou nos pés de Nenê, e o ídolo vascaíno — agora adversário — não desperdiçou a oportunidade de escrever mais um capítulo da "lei do ex". A frieza do veterano abriu o placar e fez pesar o ambiente no Alfredo Jaconi.
Pouco depois, aos 16 minutos, o golpe que deixaria o Vasco atordoado: Emerson Batalla fez grande jogada e encontrou Gabriel Taliari, que ampliou para os donos da casa. O time carioca, que havia mostrado tanta confiança diante do Santos, simplesmente não conseguiu se reencontrar.
Juventude saiu na frente no confronto contra o Vasco, pelo Brasileirão (Foto: Luiz Erbes/AGIF)
No segundo tempo, a necessidade de buscar os gols não se traduziu em volume ofensivo. Pelo contrário: o Juventude esteve mais perto de marcar o terceiro do que o Vasco de diminuir. A melhor chance vascaína foi um chute de fora da área, isolado e insuficiente diante da apatia ofensiva.
Para piorar, o time terminou desfigurado. Sem zagueiros de ofício em campo após a saída de Lucas Freitas para a entrada de Vitor Luís, coube a Tchê Tchê se sacrificar improvisado na defesa. Os 834 passes trocados pela equipe serviram apenas como estatística vazia: o Vasco rondou, mas não assustou o gol rival.
A impressão final foi dura: o time que atropelou o Santos não compareceu em Caxias do Sul. Ao cair diante de um adversário direto na luta contra o rebaixamento, o Vasco desperdiçou mais que três pontos — perdeu também a chance de dar tranquilidade ao torcedor em meio a um campeonato cada vez mais sufocante.