Quatro são indiciados por evento clandestino que resultou na morte de lutador amador em Teresina

As pessoas indiciadas por crime contra a Saúde Pública são dois enfermeiros, um radiologista e um fisioterapeuta.

Lutas 04 de maio de 2021 às 08h57
Granger Ferreira / GFEsportes.com.br

A Polícia Civil indiciou quatro pessoas por crime contra a Saúde Pública, em decorrência do evento clandestino que resultou na morte do lutador amador de boxe Jonas de Andrade Carvalho Filho, de 34 anos, em Teresina. As pessoas indiciadas são dois enfermeiros, um radiologista e um fisioterapeuta.

"Essas pessoas estavam participando do evento e por serem da área da Saúde, elas têm obrigação de saber que ali não tinha condição nenhuma de funcionar como academia. Nenhum órgão foi comunicado dessa luta, totalmente irregular, com 300 pessoas, maioria sem máscara, consumindo bebida alcoólica e sem distanciamento, desrespeitando os decretos municipal e estadual", disse o delegado Menandro Pedro, titular do 7º Distrito Policial.

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Segundo o delegado, além dos profissionais de saúde, os organizadores do evento e o lutador adversário podem ser indiciados por homicídio culposo, caso o laudo cadavérico aponte a morte de Jonas de Andrade por traumatismo craniano. Ao todo, 20 pessoas foram ouvidas no inquérito policial, que ainda não foi concluído.

"Ainda falta ouvir o outro lutador, o organizador do evento e o árbitro, saber porque ele não encerrou a luta. Já sabemos que o lutador que morreu era amador, não tinha técnica e estava participando por conta da aposta de R$ 2 mil", contou o delegado.

Médica foi interrogada
De acordo com o delegado, a médica que atendeu a vítima no Hospital do Buenos Aires informou que passou 40 minutos tentando reanimar o paciente, que foi intubado, recebeu adrenalina, teve duas paradas cardíacas e não resistiu. A profissional declarou que os sintomas do lutador eram característicos de traumatismo craniano.

Conforme o inquérito policial, os organizadores do evento tentaram ocultar a luta clandestina. Ao chegaram no hospital com a vítima, eles apresentaram duas versões aos policiais que prestam serviço na unidade de saúde.

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"Primeiro eles contaram que o Jonas caiu de moto e bateu a cabeça no chão. Depois, os organizadores declararam que a vítima se machucou durante um treino. Tudo para omitir a luta clandestina", revelou Menandro Pedro.

Entenda o caso
A vítima Jonas de Andrade Carvalho Filho estava em uma luta de boxe clandestina contra um homem, identificado apenas como Jônatas, quando passou mal e desmaiou. Ele foi socorrido e encaminhado para o Hospital do Buenos Aires. O segurança sofreu uma lesão no crânio, não resistiu e morreu no dia 25 de abril.

Ao G1, o proprietário afirmou que não se tratava de um evento clandestino, mas o Conselho Regional de Educação Física informou que a academia não tinha registro e nem autorização para realizar as lutas.

A Polícia Civil instaurou inquérito para apurar as circunstâncias da morte do lutador amador de boxe e a responsabilidade pelo evento que violou o decreto estadual, que proíbe a realização de qualquer tipo de evento, em ambiente aberto ou fechado.

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Fonte: Globo Esporte
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