A seleção brasileira feminina de vôlei do Brasil confirmou o favoritismo e venceu a seleção do Quênia por 3 a 0 (25 x 10, 25 x 16 e 25 x 8), dirigida pelo brasileiro Luizomar de Moura, nesta segunda-feira (2), na Arena de Ariake, em Tóquio, fechando a fase inicial da competição em primeiro do grupo A, com 100% de aproveitamento nos Jogos Olímpicos de 2020.
A equipe vai disputar as quartas de final na próxima terça-feira (3), às 21h (de Brasília), contra a Rússia, oficialmente denominada de ROC (Comitê Olímpico da Rússia), que ficou na quarta colocação do grupo B.
Em seu grupo, a seleção brasileira acumulou quatro vitórias, contra a Coreia do Sul (3 x 0), República Dominicana (3 x 2), Japão (3 x 0) e Sérvia (3 x 1) antes da vitória desta segunda-feira.
A Rússia, mesmo tendo ficado com a última vaga, será uma adversária perigosa. Tem tradição, e, desde o fim da União Soviética (1991), conquistou duas medalhas de prata olímpica (2000 e 2004) e dois títulos mundiais (2006 e 2010), entre outros.
Desde o início, ficou evidente a diferença da infraestrutura das duas equipes. As quenianas se superaram ao chegar a Tóquio, com treinamentos em superfícies de terra, sem ter um local adequado para as atividades no Quênia.
Para os Jogos de Tóquio, Luizomar organizou uma infraestrutura adequada para os treinamentos, mas não foi suficiente, ainda, para que a equipe se equiparasse às melhores do grupo.
O Brasil começou o jogo em ritmo forte, com Fernanda Garay e a oposta Tandara sendo bastante acionadas pela levantadora Roberta. A titular Macris, apesar de recuperara da contusão sofrida no jogo contra o Japão, ficou no banco.
O Quênia, por sua vez, era aguerrido, comandado em quadra por sua capitã Mercy Moim. O time mostrava alguma qualidade na defesa e nos contra-ataques, chegando a fazer alguns pontos bem trabalhados.
O placar chegou a ficar em 14 a 6 para o Brasil. Mas, com Fernanda Garay inspirada, Gabi e Carol muito rápidas, o Brasil não deu maiores chances ao adversário. No bloqueio, Carol Gattaz também jogava com eficiência e, com um saque dela, o Brasil fechou o primeiro set em 25 a 10.
Segundo set
No segundo set, o panorama se manteve o mesmo. O Quênia, esforçado, fazia boas jogadas, com Kasaya sendo um dos destaques no ataque. As quenianas chegaram a empatar por 3 a 3. Mas o Brasil não perdia o controle do jogo.
No 13º ponto, Roberta se mostrava tão segura que fez um lindo ponto, jogando em um espaço vazio, em uma surpreendente segunda bola.
O técnico do Brasil, José Roberto Guimarães, então, já visando poupar algumas jogadoras, colocou Ana Beatriz e Natália.
O Quênia mostrava muita evolução, com uma boa recepção e, neste set, com a atacante Wisah se destacando. Mas o Brasil predominava e, a partir do 19º ponto, deslanchou, vencendo o set por 25 a 16.
Terceiro set
O Brasil iniciou o set com Rosamaria e Natália entre as atacantes titulares. E o time não perdeu o ritmo, com Rosamaria, como oposta, sendo bastante acionada. E correspondendo, com diagonais e paralelas precisas.
Cada ponto do Quênia, no entanto, trazia graça ao jogo, pela alegria com que era comemorado, mostrando uma emoção contagiante no rosto das quenianas, que valorizavam cada momento.
Foi assim que, após uma bela troca de bolas, Kasay botou a bola no chão e virou-se para comemorar com um efusivo sorriso.
Para o Brasil, a melhor maneira de demonstrar respeito era jogar com seriedade. E, desta vez com Natália sendo o destaque da parte final.
Ana Cristina, de 17 anos, também entrou no final, para ganhar mais ritmo de jogo e se tornar mais uma opção em partidas decisivas.
E correspondeu, mostrando-se uma jogadora pronta, inclusive sacando com personalidade, utilizando o chamado saque "Viagem".
Com equilíbrio, mesclando juventude e experiência, o Brasil foi encaminhando a vitória, concentrado ponto a ponto, até fechar o jogo, fazendo 25 a 8 no último set.